domingo, agosto 22, 2010

Fui assistir à peça de que falei, de Bernard Shaw, adorei e até agora algo me comove, como se faz comover o ser humano que presencia a luminosa inteligência, não pela vã prepotência de si mesmo, mas por entender algo divino que se manifesta indubitável no outro. Desejei a tua presença ali, naquele teatro, ora rutilante por cada gesto confiado à memória, pelas palavras que surpreendiam incomum utilidade; como quis teu sorriso, talvez a tua satisfação de reencontrar a humanidade tão nossa, recolhida nos porões da indulgência diária, onde alimentamos uma paciência monstruosa.

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