terça-feira, agosto 02, 2011


Filósofos de que nunca ouvi falar (II)
Filho de um comerciante de frutas desidratadas e de uma jornalista redatora do L. A. Post de Minnesota, Jeremy R. Tenenbaum (1895-1972) desde cedo demonstrou interesse nos estudos religiosos e filosóficos. Contava com quinze anos quando escreveu, em um de seus muitos cadernos deixados à posteridade, acerca do que chamou ignorância divina. Segundo ele, o homem vive em demorado estado de aturdimento, pois, ao passo que intui sua origem transcendente, é incapaz de racionalizar a própria divindade ou a primeira “substância” inteligente. Dessa impotência advêm os mais diversos aspectos em que perfilam os orgulhosos e, por isso, ofendidos de sua própria ignorância, assumindo o tom cético e intolerante, como também aqueles calçados na preguiça ou ainda afetos ao embuste tirânico. Estes últimos, calculava Jeremy, eram maioria entre os que se diziam crentes e mesmo de difícil distinção.           

Sem comentários: