sábado, janeiro 15, 2011

Leitura de viagem (vale sobretudo pelas sensações proporcionadas por uma estética inusitada, sem maiores apelos intelectuais, mas com profundo desejo de liberdade capaz de criar um universo exuberante, pois daí o permanente estado de novidade, de deleite)
Naquele inverno, houve relatos nos jornais de um iceberg do tamanho de um galeão flutuando num ranger majestoso pelos penhascos de St. Hauda’s Land, de um porco que fungava levando andarilhos perdidos dos morros para o precipício abaixo de Lomdendol Tor, de um espantado ornitologista contando cinco corvos albinos numa revoada de duzentos. Mas Midas Crook não lia os jornais, apenas olhava as fotografias.

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