sábado, dezembro 01, 2007

Deito fora todos os preconceitos quanto a musicais. Há alguns anos, em ocasião de trabalho acadêmico, fui obrigado a assistir ao Um Violinista no Telhado e, a despeito dos protestos que antecederam à projeção, gostei, de modo a repetir nos momentos de descontração impertinente: Tradition! Tradition! Outra feita, A Noviça Rebelde, em plena madrugada, sob a influência de uma insônia atávica, cuidando muito para não sair às compras e dançar doidamente na seção de sucrilhos. Mas nada comparado à sensação que experimentei ao assistir Nikki Blonsky cruzando a provinciana Baltimore, com um otimismo e energia estranhos à raça humana. Em Hairspray, ninguém para quieto, e a todo instante algo é motivo para os repentistas de plantão. E dá-lhe dança. O velho John, aqui desfigurado, segurou a onda, acredito superado pela pesada roupa que o convertia na simpática e obesa Edna Turnblad, mãe de Tracy, uma espécie de Cyndi Lauper gorduchinha. Recomendo aos existencialistas.

1 comentário:

Ana Carla, disse...

quem não gosta de musicais bom sujeito não é.
tem coisa mais legal do que cantarolar com Audrey Hepburn na cena inicial de Funny face "I am a
greatest star"?!
bjs.